quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Desenhando o Amor


O destino desenhou o amor,
nas mãos suaves de um jovem pintor.
Sem experiência, não tinha consciência
E, quase, com tudo estragou.

Livre e solto, deixou o desenho,
que saía de suas mãos.
Assim, livre e solto, o amor quase acabou.

Mas se o amor não acaba,
o que era aquilo que ele pintava?

Ingênuo pintor ... aquilo não era amor.
Mas, também,  muito sábio...
Por não pintar o amor,  ele ficou livre de quase toda dor.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Bye


Será que um dia vou te reencontrar
Só eu e Você sob o luar?
Terá uma só estrela a brilhar.

Então venha,
vamos ver o sol nascer.
Será em casa o amanhecer
Durará até o dia irradiar.

Não me pergunte o que irei fazer
Pois não perguntarei para onde irá.

É assim, tem que ser
É o amanhecer.

Correr e correr



Preciso correr, correr
Tenho algo a fazer
Mas já não lembro bem o quê.

Tenho que correr
Estou atrasada
O tempo passa.

Acho que o tempo está acabando,
E eu estou sufocando
Mas tenho que correr
Tenho que alcançar.
Preciso encontrar.

Saia da frente, estou muito ocupada
Estou quase lá.

Mas o tempo passa, não dá pra esperar
Ele passa por cima do que precisar
Saia da frente, ele vai passar 

domingo, 13 de junho de 2010

A Casa





Era grande e espaçosa a casa que eu vi,
Era ela em meu sonho, eu a reconheci.
Andava de um canto para outro muito feliz.

A cada porta que se abria, mais eu a reconhecia,
Sim, era minha... Muito espaçosa como eu queria

Cada canto que via mais eu me surpreendia.
Vibrava com cada espaço que aparecia.

E, agora, estava ainda maior, Com tanto a desvendar e um labirinto para explorar.

Me jogava no sofá, Irradiava alegria,
Que delicia, era toda minha.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sentimento puro, mas confuso


O que é isso que eu sinto por você?
Só de pensar em você longe
As lágrimas começam a correr
Não dá para entender.

Gosto tanto de você, que você nem sabe o quanto,
Mas de tanto gostar, preciso me afastar.

Estou confusa ...
Não é amor de homem e mulher.
É diferente,
Um sentimento inocente.

Preciso de você perto de mim.
Sempre amoroso e tão cuidadoso,
Como não sentir falta de alguém assim?

Um abraço grande, sincero e confortante,
E, no rosto, um beijinho doce.
Palavras engraçadas e gestos amáveis

Mas como estou triste por ficar sem ti.

Ficaria horas no seu colo
Encolhida em seus braços
Deixando meu corpo descansar
Mas, de tão confuso... preciso me afastar.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Quero mais



“Deixe a vida me levar, Vida leva eu” é o que diz Zeca Pagodinho.

Mas eu digo a você, Vida:
 – Não quero mais deixar você me levar.
Você já me levou por muito tempo, e eu agradeço.
Trouxe-me alegrias e conquistas.
Mas, me desculpe Vida
Não quero mais deixar você me levar
Não quero apenas ver o tempo passar
Quero não apenas escolher
Quero mais
Quero viver,
E, mesmo quando não tiver escolhas,
Ainda assim quero decidir o que fazer.

Amo sentir


Amo o sol, o vento, o mar
A cidade, as pessoas e até trabalhar
Amo a sensação nova
Ou as mais antigas e, até, as repetidas

Gosto do silêncio
Gosto do som por extenso

Amo o concreto, amo o abstrato
Amo o espaço, o tempo e o vento
Amo o ser e o não ser
O frio na barriga e o amanhecer

Amo sentir o meu corpo fluir
De uma energia que não sei da onde vem

Amo correr riscos
Mesmo que virem rabiscos
Com forma ou sem forma
Mas livres no ar



Alguém Como Você


Quero alguém como você.
Não precisa ser você,
Se você está em outra,
Mas alguém como você.

Para sentir de novo o carinho gostoso,
No aconchego desse colo caloroso.

Alguém que me entenda.
Que penetre em minha mente,
Mas também cause suspense.

Alguém consciente, num corpo bem quente.

Alguém como você,
Que após um encontro,
Relaxa meu corpo, esvazia minha mente,
Mas ainda deixa suspense no ar.

Alguém carinhoso, sem ser meloso
Que tem as medidas para rir ou chorar.

Peço a Deus para encontrar alguém assim,
Que, como você, me fez lembrar
Como é bom amar.

Sinto sua falta, mas não se aflija
Pois logo outro aparecerá.
Sinto falta das nossas conversas, de rir e compartilhar.

Escutar o Coração

Meu coração é forte? Não sei
É frágil? Não sei

Mas sente dor,
Sente

É machucado, tem feridas?
Sim, Muitas feridas
Cicatrizadas algumas, outras não
Recentes ou antigas, lá estão

Meu coração agüenta feridas a mais
Mas um coração machucado
Não aceita a mesma pessoa jamais

E  isso dói
Saber que, com essa, nada do que foi será mais

Ser forte para dizer não, estou fora da historia
Entregar tudo,
Não sei se é sábio ou estupidez
Atitude impensada? Talvez

Mas meu coração mandou deixar ele ir
Deixar ele livre para fazer o melhor
O melhor, pra quem, não sei
Talvez só para ele
Talvez só para mim

Ainda assim me pergunto
Será que a gente ainda vai se encontrar
Ainda vai continuar o que iria começar?

Talvez sim
Mas meu coração assim não diz.

Eu não sei

Não sei se ainda sei escutar meu coração
Mas ele me avisou.
Nem por isso deixei de sentir o lado bom.
E agora às vezes escuto meu coração dizer que ele ainda vem
E às vezes diz: não, não é ele que vem.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Um porto



A vida, eis que se começa a navegar,
Diante do sol e da chuva,
Diante da fúria,
Que vem das águas quentes
E vem das águas frias.

Explodem.

Estremece do coração à veia.
Surta loucamente na imensidão profunda,
muito funda.
Afunda na escuridão de uma noite sem luar.
Não mostra o caminho,
Não quer nortear.
Sai à procura do norte a lhe guiar.

Para onde vai?
De onde vem?

Mas ali está o seu lugar.
Depois da nuvem à esquerda,
Há um porto a lhe esperar!
Desça no porto e estenda as mãos.
Você pouco enxergará,
Mas, confie, pois o Destino lhe guiará.